segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Matando a saudade do passado.



"Seja bem vindo, finja que está em sua casa e deixe-me lhe proporcionar uma boa estada, creio que possamos deixar as frivolidades de lado e ir ao que interessa."

Uma pequena prévia:

Segundo minha rainha eu nasci atlante, sim, filho da famosa cidade perdida.
A cidade a muito já estava sumida e eu non sabia de nada a respeito dela. Lembro-me apenas de ser levado como escravo branco para o egito. Fui criado pela mulher mais fantastica do mundo, a rainha Nefertiti e seu esposo Akhenaton. Ambos eram cheios de vitalidade e tinham idéias para mudar a sociedade, acabando com o poder do clero tebano e concentrando toda a religião politeista egipcia em um único Deus, Aton. Bem, a rainha me criou a barra de sua saia até que eu completasse 28 anos e me tornasse o braço direito do faraó. Nessa época uma mulher de beleza exótica veio ao país em busca de comércio, ela era de terras distantes e eu non tenho certeza até hoje do que ela era, porém, uma breve idéia se passa em minha mente de que ela era persa. Margherithe era o nome que ela dera, e no egito ela ficou até que eu completasse 35 anos inteiros. Foi quando tudo mudou, em um dos bailes reais Margherithe me abordou contra a vontade da rainha Nefertite, porém, essa non era mais dona de sua vontade. A vampira havia dominado o faraó e sua esposa deixando assim o caminho livre até mim. A principio eu fiquei apaixonado, louco por sua pele pálida e gélida, o hálito frio e o cheiro doce de seus cabelos. Tudo era apenas um modo de me ludibriar e ela conseguiu, eu non queria deixa-la. Enton sem pedir permissão ela me levou ao seu quarto e lá consumamos o que eu achava ser o amor, ela me tomou em seus braços e neles levou minha vida deixando nesse mundo terreno uma casca vazia e dura que é o que sou agora.
O tempo se passou e como todos vi minha rainha desaparecer e em seguida Akhenaton, seu monoteismo influenciou muito seu afilhado Tutankhamon que tentou reger o imperio igual ao tio, mas forçado pelo clero teve de reinstalar o politeismo no egito.
Com o passar do tempo, cerca de 50 anos foi necessário que saissemos do egito e eu deixei minha vida para trás, o país que me acolhera e que eu amava. Marguerithe me abandonou pouco tempo depois, os deveres do clã a chamavam, mas eu sabia que na verdade ela estava saindo de cena, pois non mais conseguia se manter de pé a cada noite, o esforço era imenso. Sendo assim ficou sob meu cargo cuidar do cravo de prata, um pequeno artefato que poderia fazer milagres pelos vampiros e outros seres sobrenaturais, em mãos erradas ele causaria grande desgraça. Pouco tempo depois de sair do Egito e guardar o cravo em segurança conheci uma bela mulher, a mulher que amei por milênios, Charlotte. Oui, eu a transformei, non poderia ser diferente e com ela veio Evellyn, minha segunda cria. Por segurança e temor a "vida" delas decidi sair de cena, sumir e abandona-las. Após uma festa no Elisio fomos atacados, os vampiros queriam o cravo e eu non o entregaria, por isso fui embora. Eu segui pelo mundo, vagando sem rumo ou destino traçado até ver minha amada Paris nascer, um bêbe tão belo quanto em sua época de ouro. Fiquei lá por muito tempo, vi tudo, conheci pintores, filosofos e pensadores, homens esplendorosos que eu queria imortalizar. Porém, fiquei sozinho e é assim que estou, solitário, apenas um setita corrompedor no mundo

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