quarta-feira, 3 de novembro de 2010


As palpebras tremem, pareciam sentir seu toque. O corpo arqueja ao mero apelo, pedindo por mais e negando qualquer outra coisa que não fosse você. Seu hálito doce tocando a pele, os lábios roçando suavemente, formando um caminho por todo o pescoço. Arrepio, calor, desejo, isso era tudo o que conseguia discernir em meio a tanto fulgor. Os braços procuram os ombros largos, os cabelos bagunçados, agarrando-se como se só aquilo a mantivesse segura na terra. Um sorriso malicioso nos lábios enquanto cada toque acende uma lareira dentro dela. Os corpos colados, suados, jogados ao chão pareciam uma pintura. Ele se cola mais a ela, sussurrando algo em seu ouvido, enquanto ela gemia baixinho apenas desejando seu amado. Ele sorri novamente, os lábios em seu pescoço, as mãos vagueando pelo corpo junvenil. Os dentes aparecem e rapido como uma bala cravam a carne da menina. Um gemido misturado de dor e prazer lhe escapa os lábios e a vida se esvai lentamente. Ela agora adormece, fraca demais para se manter consciente. Ele se levanta, ágil como uma pantera e sai sem ao menos olhar para trás, sem saber que estará nas memórias dela para toda a eternidade.

Um comentário:

  1. E ela por acaso , ia ter memória ou foi pro abate mesmo? rs....... tadeenha!

    ResponderExcluir